sábado, 26 de setembro de 2009

E a conta?

Eu era só uma menina de dezessete anos com a minha vida digamos “vulgo perfeita” e derepente eu virei uma menina longe da minha vida vulgo perfeita, o peso da responsabilidade dos dezoito anos veio antes e eu tive que me tornar mais forte do que eu sempre pensei que pudesse ser, em dias, ou melhor em segundos eu perdi o meu chão e as minhas paredes cor de rosa, tive que aprender a chorar e enxugar as gotas caídas sozinha e a ter que conviver com uma das piores dores, a dor constante da saudade!
Logo eu, tão dependente daqueles que me cercavam e cada um servia de alicerce, cada alicerce de uma espécie diferente, cada um segurando do seu jeito! com brigas, grosserias, risos, choros, bebedeiras, paciência e impaciência.. cada um me completava de um jeito, todos, sem excessão!
Me corroi por dentro o fato das mais variadas situações acontecerem, de ter uma amiga, um amigo precisando de uma conversa, uma risada, uma bobeira e eu não estar por perto, o fato de não estar presente e poder dar um abraço no dia dos aniversários de todos, de ter uma amiga grávida, um amigo pai e uma sobrinha linda vindo por ai e eu não estar acompanhando de perto!
Sinto como se vivesse uma vida que não e minha, não consigo olhar somente pra frente pois quando olho pra trás vejo que sempre fui muito mais feliz, e o melhor é que eu sabia que era feliz, sem essa de “eu era feliz e não sabia!” não.. eu era feliz e sabia e melhor do que saber, sentia!
E agora o que eu sinto, é que eu preciso estar aqui é o meu futuro que está em jogo, preciso me concentrar e estudar muito, estou batalhando e me esforçando como nunca! mas preciso de mais que isso para conseguir o almejado, os meus dezoito anos estão pesando e custando caro, posso dizer e como posso que está custando muito caro.. agora me diga.. e a conta da saudade, quem é que paga?!